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  ??‍??‍??‍?? O time faz uma campanha �tima na primeira fase da s�rie C, ficando invicto, mas � eliminado na terceira fase da S�rie C, ficando assimesportebet aposta10� lugar, garantindo vaga na s�rie C de 2009, que passou a ser disputada por 20 clubes. [2] O time conseguiu na competi��o apenas uma �nica vit�ria, empatando duas e perdendo as outras oito. [46] O dublador do personagem na vers�o original do anime � Koji Ochiai.[47] Ele � filho de Hajime Mushanokoji, um homem que ganhou tr�s vezes medalha de ouro ol�mpico no tiro esportivo. segredo da roleta online esportebet aposta

  Scripta Nova

  REVISTA ELECTR�NICA DE GEOGRAF�A Y CIENCIAS SOCIALES

  Universidad de Barcelona.ISSN: 1138-9788.Dep�sito Legal: B.21.741-98Vol.VI, n�m.

  119 (95), 1 de agosto de 2002

  EL TRABAJO N�mero extraordinario dedicado al IV Coloquio Internacional de Geocr�tica (Actas del Coloquio)

  O TRABALHO DO ATLETA E A PRODU��O DO ESPET�CULO ESPORTIVO

  Prof� Dr� Katia Rubio

  Universidade de S�o Paulo

  O trabalho do atleta e a produ��o do espet�culo esportivo (Resumo)

  O esporte � uma pr�tica cultural associada diretamente ao lazer e ao uso do tempo livre.

  Entretanto, diante das transforma��es ocorridas com esse fen�meno nos �ltimos 30 anos, tendo o amadorismo, um dos pilares fundamentais do Olimpismo, sido suplantado pelo profissionalismo, uma nova condi��o de exerc�cio profissional � apresentada �queles que possuem habilidades f�sicas espec�ficas e optaram pela pr�tica esportiva como profiss�o.

  O atleta profissional do esporte contempor�neo tem sido, gra�as ao poder e influ�ncia que os meios de comunica��o de massa t�m sobre o espet�culo esportivo, tratado e reconhecido como personalidade p�blica, �dolo, her�i e ideal de ego de grande parte da juventude e dos adultos, porque �esportebet apostafigura est�o associados o sucesso, a fama e uma vida vitoriosa, valores cultivados e desejados pela sociedade atual.

  No entanto, como retrato fiel da p�s-modernidade, essas entidades fulgurantes t�m seu brilho alimentado por um per�odo de no m�ximo 20 anos para depois experimentar a dureza do esquecimento, ainda que poucos consigam chegar a esse est�gio com reservas financeiras suficientes para seu sustento e das pr�ximas gera��es.

  Nesse trabalho procuramos discutir como se d� a constru��o do esporte moderno,esportebet apostatransforma��oesportebet apostaespet�culo e a assimila��o do profissionalismo dentro desse contexto.

  Palavras-chave: trabalho, olimpismo, espet�culo

  Works athletes and the sportive spectacle production (Abstract)

  The sport is a cultural practice related to leisure and free time.

  Nevertheless, in the face of the great changes that occurred within the past 30 years, amateurism, which is Olympic?s base, was supplanted by professionalism and this established a new professional status to those have specific physical abilities and chose sports practice as a profession.

  The professional athlete of contemporary sport has been thanks to the mass media?s influential power over the sportive spectacle, recognized as a public personality, idol, hero and ego?s ideal of the majority of the young and adults because of the associations to success, fame and victorious life, which are desirable values by today?s society members.

  However, as a faithful post modern?s picture, these sparkling figures have their light increased for about 20 years to be then forgotten, not mentioning those who can?t even make ends meet when they are at this point.

  In this article, we discussed building of modern sport, its transformation into a spectacle and the assimilation of professionalism within this context.

  Key words: sport; olympics; spectacle.O esporte � para A.

  Guttmann (1978) uma forma genu�na de adapta��o a vida moderna e pode ser entendido como um tipo de trabalho disfar�ado e desmoralizante.

  Apresenta, ainda, caracter�sticas como disciplina, autoridade, iniciativa, perfei��o, destreza, racionalidade, organiza��o e burocracia, provas do mimetismo e da depend�ncia existentes entre o esporte e o capitalismo industrial.

  N�o se pode estudar e analisar o fen�meno esportivo alheio ao movimento e organiza��o sociais presente ou sem considerar a influ�ncia dos meios de comunica��o de massa na produ��o desse espet�culo.

  O esporte � um fen�meno cultural complexo e de grande import�ncia para a sociedade contempor�nea, capaz de anunciar e denunciar in�meras manifesta��es latentes nos diversos grupos sociais.Conforme P.

  Bourdieu (1993) algumas chaves constitutivas do dispositivo esportivo, esbo�adas no s�culo XIX, n�o se transformaram plenamente at� meados do presente s�culo.

  Uma das mudan�as mais significativas teve rela��o com a crescente interven��o do Estado, isso porque a esportiviza��o da sociedade constitui uma parte importante da interven��o e do desdobramento de distintas ag�ncias que, duranteesportebet apostaatua��o, se autodefiniam e recriavam.

  Al�m disso, a filosofia do amadorismo, que dominou o Olimpismo praticamente at� a chegada de Juan Samaranch � presid�ncia do Comit� Ol�mpico Internacional, tratou sempre de apresentar as pr�ticas esportivas independentes dos poderes p�blicos, como produto da iniciativa individual e do associacionismo volunt�rio.

  A crescente interven��o estatal, no entanto, � apenas uma das quest�esesportebet apostajogo.

  A outra leitura poss�vel, complementar e paralela a essa, n�o pode ignorar que, desde suas origens, toda atividade esportiva de alguma envergadura sup�e sempre uma atividade industrial e comercial, que indica que o espa�o esportivo foi transformadoesportebet apostaum setor da vida econ�mica eesportebet apostauma �rea de consumo muito importante e din�mica.

  Essa condi��o foi alcan�ada gra�as � constru��o espetacular da narrativa esportivaesportebet apostaque a competi��o � uma met�fora das batalhas de ent�o,esportebet apostaque advers�rios reais ou simb�licos ser�o sempre o alvo de supera��o.

  Isso quer dizer que a espetaculariza��o do esporte foi constru�da relacionada ao desenvolvimento da pr�pria pr�tica esportiva e com as interven��es e altera��es propostas pelos distintos atores envolvidos.

  Essa narrativa, preocupadaesportebet apostarefor�ar os aspectos competitivos como igualdade e equil�brio entre os oponentes, tem refor�ado o imagin�rio da batalha justa, emocionante, de resultado imprevis�vel, facilitando a emerg�ncia de consci�ncias coletivas, identidades nacionais e protagonistas carism�ticos, transformando o campo da competi��oesportebet apostacen�rio de representa��o de atitudes her�icas de atletas que defendem uma equipe, cidade ou pa�s (Rubio, 2001).J.M.

  Brohm (1993) afirmaesportebet apostasuas 20 tesis sobre el deporte que o esporte como institui��o � produto de uma ruptura hist�rica, que surge no ?espa�o cl�ssico? do modo de produ��o capitalista, na Inglaterra, n�o como uma institui��o homog�nea, mas como uma pr�tica de classes.

  Se por um lado a burguesia concebia o esporte como �cio, como um forma de passatempo, o proletariado prescindia-o como um meio de recupera��o f�sica.

  Assim se pode explicar que o movimento sindical, desde seu in�cio, reivindicasse o direito ao esporte juntamente com o direito ao trabalho, e tenha lutado por esta reivindica��o ao mesmo tempo que pela redu��o da jornada laboral.

  Dentro dessa mesma perspectiva o esporte � visto como conseq��ncia do desenvolvimento das for�as produtivas capitalistas, produto da diminui��o da jornada de trabalho, da urbaniza��o e da moderniza��o dos transportes.

  Sua exist�ncia transforma o corpoesportebet apostainstrumento e o integra dentro do complexo sistema de for�as produtivas.

  O atleta profissional � um novo tipo de trabalhador que vende a um patr�oesportebet apostafor�a de trabalho (capaz de produzir um espet�culo que atrai multid�es); � valor de troca deesportebet apostafor�a de trabalho, regulado pelas leis de oferta e procura do mercado.

  O amadorismo deixou de existir desde que o atleta profissional se tornou um profissional do espet�culo muscular.

  Entende Brohm (1993) que o esporte se apresenta como uma prepara��o da for�a de trabalho para o trabalho industrial capitalista, uma vez que difunde para os indiv�duos, desde muito cedo, o princ�pio do rendimento e produtividade, fazendo funcionar o corpo de acordo com os princ�pios tayloristas, implantando uma moral do esfor�o e do trabalho, contribuindo para a manuten��o da explora��o de classes.

  Apesar disso, o esporte se apresenta como politicamente neutro, favorecendo a colabora��o de classes uma vez que expressa a possibilidade do di�logo leal entre os interlocutores (sociais) sob a supervis�o de um �rbitro imparcial (o Estado).

  O esporte e a sociedade moderna

  O esporte contempor�neo nasceu, cresceu e tem se desenvolvido no seio da sociedade urbana e industrial sujeito �s adapta��es particulares da vida pol�tica, econ�mica e social moderna.

  Sua pr�tica atual surge pela primeira vez na Inglaterra, no mesmo momento, e n�o por casualidade,esportebet apostaque se inicia a Revolu��o Industrial.

  Essa caracteriza��o tem implica��es importantes tanto naquilo que se refere � pr�tica esportiva como com a organiza��o do esporteesportebet apostageral.

  O nascimento do esporte responde, considera Foucault (1993), a consci�ncia que a burguesia adquiriu ao longo do s�culo XIX da necessidade de controlar as popula��es para asseguraresportebet apostaprodutividade.

  O amontoamento de corpos que ocorria nas f�bricas e nas cidades, a dura��o da jornada de trabalho, a polui��o, as enfermidades e a falta de saneamento urbano e as condi��es de moradia foram sendo percebidos como focos de perigo para a sa�de da popula��o ou para a sa�de da na��o.

  Entretanto, a extrema preocupa��o com a sa�de da popula��o dissimulava outras inten��es.

  Diria Gonz�lez (1993) que essa preocupa��o deveriaesportebet apostafor�a, n�o especificamente pelo temor � doen�a dos trabalhadoresesportebet apostasi, mas por suas repercuss�es econ�micas (produz mais um oper�rio s�o e bem alimentado), militares (o poder e seguran�a do imp�rio dependem de soldados fortes e robustos) e sociais (a sujeira e a doen�a s�o a fonte de todos os v�cios e favorecem o surgimento de todos os tipos de contestadores).

  As solu��es encontradas para a supera��o desse quadro, inscritasesportebet apostaum contexto de crescente consci�ncia e regula��o do social, buscaram um ideal de oper�rio-soldado-esportista.

  Para esse sujeito foram promovidos h�bitos higi�nicos, realizadas campanhas difundindo os valores do exerc�cio f�sico, regulamentaram as recrea��es populares, planejaram a necessidade de espa�os ao ar livre, defenderam a implanta��o obrigat�ria do exerc�cio gin�stico, criaram movimentos juvenis...

  e inventaram-ensinaram-impuseram uma nova forma de jogar ao modo esportivo.

  Mas n�o era apenas a sa�de da popula��o trabalhadora que preocupava as autoridades e demandava a��es-solu��es das autoridades.

  Era preciso atuar tamb�m sobre a sa�de dos jovens filhos da burguesia, e principalmente desenvolver bons h�bitos de disciplina e de lideran�a entre aqueles viriam a ser os novos colonizadores do mundo.

  A configura��o do espa�o esportivo implicava uma concep��o diferente do �mbito da recrea��o.

  Acrescenta Gonz�lez (1993) que a crescente transforma��o da educa��o das classes ascendentes, realizada nas Public Schools, ao longo do s�culo XIX chamou a aten��o sobre a necessidade de uma reforma dessas institui��es.

  O esporte surgiu, ent�o, como uma parte da estrat�gia de controle do tempo livre dos adolescentes das classes dominantes e,esportebet apostaum per�odo muito curto de tempo, acabou por converter-seesportebet apostaum elemento central, no conte�do formativo mais importante, dos curr�culos dessas escolas.

  Em pouco tempo, campos e quadras foram convertidosesportebet apostaum verdadeiro meio educativo e o esporte ganhou import�ncia sobre disciplinas como l�nguas ou cultura cl�ssica.

  Esse procedimento era defendido com o argumento de que o esporte formava o car�ter dos futuros dirigentes sociais.

  Os homens que levariam adiante o liberalismo precisavam ser solid�rios na a��o e ter iniciativa dentro das regras que regia o mercado.

  O esporte passou a ser uma met�fora do jogo capitalista.

  Mas o privil�gio esportivo n�o estava destinado a todos, uma vez que diante da forma��o de lideran�as � presum�vel que haja liderados.

  A partir do Ato de Educa��o de 1870 foi estabelecido um acordo entre o Departamento de Educa��o e o Gabinete Militar para que sargentos ministrassem educa��o f�sica nas escolas prim�rias.

  O modelo seguido foi o da gin�stica sueca, gerando uma dualidade de sistemas na educa��o f�sica inglesa: jogos organizados nas Escolas P�blicas e gin�stica nas Escolas Prim�rias, ou seja, nas primeiras tem-se a forma��o de l�deres empreendedores e bons oficiais, e nas segundas bons oper�rios e soldados, talhados na disciplina e nos efeitos fisiol�gicos do exerc�cio sistem�tico (K.Rubio, 2001).

  Juntamente com a ind�stria t�xtil, as ferrovias, as companhias de energia el�trica e tudo o que a Inglaterra p�de exportar, estavam o esporte,esportebet apostaorganiza��o e regras.

  E assim o modelo ingl�s converteu-se no paradigma do esporte moderno.

  Amadorismo e profissionaliza��o

  Apresentado e defendido como uma pr�tica de tempo livre, o esporte moderno teve at� a d�cada de 1970 o amadorismo como um de seus principais pilares.

  Essa condi��o pode ser justificada pela origem aristocr�tica do esporte e pela necessidade deesportebet apostaclasse dirigente, n�o menos aristocr�tica, manter o controle deesportebet apostaorganiza��o e institucionaliza��o.

  As restri��es � pr�tica esportiva a todos aqueles que exerciam algum tipo de atividade remunerada n�o se baseavam apenas na nobreza do esporte e de seus praticantes simplesmente.

  Cardoso (1996) aponta para a quest�o latente posta na pr�tica popularizada do esporte:

  Os inventores do amadorismo queriam,esportebet apostaprimeiro lugar, afastar da arena os trabalhadores.

  O esporte estava reservado a quem pudesse se dedicar a eleesportebet apostatempo integral e desinteressadamente, enquanto o comum dos mortais suava para garantir o p�o de cada dia.

  Este era o motivo oculto.

  Abertamente se temia que o dinheiro transformasse a competi��o esportivaesportebet apostaespet�culo de ?show-business?.(p.06)

  O ideal do amadorismo � para Donnely (apud Gomes & Tavares, 1999) a base do Olimpismo.

  Seu desenvolvimento se deu dentro de um contexto bastante espec�fico que era a moral vitoriana e veio a sofrer verdadeira muta��o com o estabelecimento de uma rela��o causal entre dinheiro e desempenho esportivo.

  Por isso, o Olimpismo � para esse autor, uma atitudeesportebet apostaextin��o no mundo ol�mpico.

  Mais do que solidariedade e respeito m�tuo, o principal referencial para a realiza��o do esporte de alta competi��o atualmente � a capacidade de gerar remunera��o financeira para todos os envolvidos nela, direta ou indiretamente.

  Como conseq��ncia desse processo e do esfor�o de muitos, o amadorismo foi sendo esquecido como um dos elementos fundantes e fundamentais do Olimpismo no final da d�cada de 1970, emergindo um movimento de disfarce de atletasesportebet apostafuncion�rios de empresas para que escapassem � condi��o de profissionais do esporte.

  Esse esfor�o foi substitu�do definitivamente e com sucesso pelos contratos com patrocinadores e empresas interessadasesportebet apostainvestir no esporte, surgindo a partir da� outros tipos de problema.

  Se arma do bem ou do mal, a profissionaliza��o acabou por desencadear uma grande transforma��o na organiza��o do esporte tanto do ponto de vista institucional como na atividade competitivaesportebet apostasi, levando o esporte a se tornar uma carreira profissional cobi�ada e uma op��o de vida para jovens habilidosos e talentosos.

  Esse � o esporte do s�culo XXI.

  O trabalho esportivo

  As dificuldades crescentes por alcan�ar �xito esportivoesportebet apostaum contexto social cada vez mais competitivo, t�m for�ado uma inicia��o esportiva cada vez mais precoce nas diversas modalidades.De acordo com M.G.

  Ferrando (1996) esse recrutamento precoce � mais evidente nas modalidades coletivas que nas individuais, e diferentemente de outros per�odosesportebet apostaque a inicia��o � pr�tica esportiva era feitaesportebet apostaespa�os p�blicos, hoje h� tamb�m uma institucionaliza��o precoce, na medidaesportebet apostaque as �reas livres s�o cada vez mais escassas.

  A maneira como hoje se produz a inicia��o aponta para um modelo cada vez mais institucionalizado de esporte competitivo que vai sendo implantado, condicionando de maneira poderosa a trajet�ria pessoal at� a excel�ncia esportiva.

  Em um estudo realizado com atletas espanh�is de elite, Ferrando (1979) destaca que a convers�o da pr�tica esportiva recreativaesportebet apostauma competi��o de alto n�vel t�cnico e de especializa��o vem denunciar uma das maiores contradi��es do esporte ol�mpico: o amadorismo.

  Recorda o autor que � definido como atleta amador aquele que nunca tenha tido treinadores nem treinamento emesportebet apostaatua��o esportiva.

  A �nfase dada a pr�tica esportiva n�o remunerada das burguesias europ�ias de finais do s�culo XIX e in�cio do s�culo XX foi mantida pela maioria dos dirigentes dos movimento ol�mpico contempor�neo, quase todos eles membros de grupos sociais privilegiados social, econ�mica e politicamente.

  Entretanto, o esporte de alto rendimento se converteuesportebet apostaalgo t�o qualificado do ponto de vista t�cnico que seus praticantes mais destacados e dedicados est�o mais pr�ximos, poresportebet apostaextra��o social, da classe trabalhadora, que se pretendia manter alijada do esporte, que a burguesia dirigente.

  Da� a denomina��o de Ferrando aos atletas de alto rendimento de ?trabalhadores do esporte?, por ter como contrapartida �esportebet apostapr�tica profissional, contratos publicit�rios generosos, exig�ncia de seguran�a profissional, m�dica e social, e um distanciamento do chamado ideal ol�mpico.

  Os atletas com este perfil apesar de apresentarem uma variada extra��o social, s�o quase sempre origin�rios de classes sociais m�dia-baixas, e apontam o esporte como um impedimento ao exerc�cio de outra ocupa��o, o que os faz buscar a profissionaliza��o.

  Considera��es finais

  A espetaculariza��o do esporte moderno e super-valoriza��o dos feitos e resultados alcan�ados pelo atleta t�m sugerido uma rela��o entre o protagonista do espet�culo esportivo e figura espetacular do her�i.

  Um dos principais elementos dessa identifica��o extempor�nea, pode ser creditado � capacidade de enfrentamento do perigo e do desconhecido, do destemor ao combate e da busca incessante dos objetivos propostos a essa figura m�tica.

  N�o bastasse isso, na associa��o feita entre o atleta e o her�i uma outra caracter�stica vem a ser agregada a esse conjunto de valores, e que de certa forma acabou se constituindo como um dos marcos definidores do esporte: seu car�ter agon�stico (Rubio, 2001).

  A condi��o p�s-moderna conferida ao esporte atual pode ser justificada pela rela��o de depend�ncia estabelecida com os meios de comunica��o de massa e o conseq�ente ajustamento deesportebet apostapr�ticaesportebet apostafun��o das exig�ncias e necessidades desses meios.

  A televis�o transformou a audi�ncia do esporteesportebet apostatodo o mundo, e na medida que come�ou a perder a capacidade de subsistir enquanto espet�culo ao vivo, tornou-se dependente de patroc�nios gerados pela abrang�ncia das transmiss�es televisivas.

  Essa situa��o provocou o incremento do profissionalismo no esporte, tanto no que se refere � possess�o do espet�culo pela televis�o comoesportebet apostarela��o �quele que protagoniza o espet�culo, o atleta.

  � a partir desse momento que os dois elementos fundantes do esporte moderno, o amadorismo e o fair play passaram a sofrer seu grande rev�s.

  Considerados a base do Olimpismo, esses conceitos foram norteadores do esporte ao longo do s�culo XX, at� aproximadamente os anos 1970, quando a rela��o causal dinheiro e desempenho esportivo passaram a compor uma dupla insepar�vel, levando o esporte a se tornar uma carreira profissional e uma op��o de vida para crian�as e jovens possuidores de um n�vel de habilidade desejada para o desempenho esportivo.

  Apesar do pragmatismo observado na rela��o esporte-m�dia-patrocinador h� ainda outros elementos implicados na escolha do esporte competitivo como atividade profissional t�o determinantes, que j� n�o seria poss�vel dizer que apenas os lucros obtidos com essa pr�tica seriam capazes de motivar um atleta a permanecer na carreira.

  Existem v�rios aspectos que comp�em esse universo, respons�veis por caracterizar tanto o fen�meno como o protagonista do espet�culo.

  As expectativas geradasesportebet apostatorno da pr�tica esportiva levam a determinados padr�es de comportamento que ir�o, de certa forma, influenciar, e por vezes determinar, a conduta daqueles que escolheram o esporte como profiss�o e op��o de vida.

  Afirmar�amos que essa � a raz�o porqueesportebet apostatorno de uma modalidade espec�fica e, do esporte como um todo, desenvolve-se um conjunto de pr�ticas coletivas e comportamentos individuais chamados pelo senso comum de cultura esportiva.

  Esses comportamentos e procedimentos levam � cria��o e multiplica��o de um imagin�rio esportivo, pautado, principalmente na hist�ria de vida de atletas ativos, que ainda fazem o espet�culo esportivo, e inativos, que j� realizaram grandes feitos, registrando seu nome para a posteridade.

  A partir do in�cio da atividade esportiva e competitiva regular, essa condi��o � refor�ada pelo argumento de que atleta vencedor � aquele que ganha torneios e se consagra com medalhas.

  A interpreta��o dessa situa��o aponta para uma inclina��o desses atletas para a luta, e consequentemente � agon�stica.

  Apesar de uma disposi��o individual inicial para a pr�tica esportiva que pode levar � profissionaliza��o � poss�vel perceber, ao longo a trajet�ria de v�rios atletas, a influ�ncia exercida por elementos externos, como por exemplo a hist�ria de vida de outros esportistas e a exposi��o sistem�tica pela m�dia de carreiras e situa��es vitoriosas, interferindo diretamente na constru��o do conceito de vencedor e na constitui��o do imagin�rio e do repert�rio esportivo, onde o derrotado � premiado com o consolo.

  Indica��es como essas apontam que a carreira de um atleta n�o � fruto apenas de uma disposi��o e talento individuais, da afirma��o de uma vontade latente ou da determina��oesportebet apostaperseguir objetivos.

  Fatores externos como a influ�ncia parental, pol�ticas institucionais e papel dos formadores podem influenciar e mesmo determinar a transforma��o de um aspiranteesportebet apostaatleta.

  Depois de iniciada a trajet�ria outros elementos se somam a estes e alocam o atleta entre os que adquirem fama e status, e se tornam a refer�ncia presente da modalidade, ou �queles que buscam pela a��o e pelo gesto o prest�gio, condi��o queesportebet apostacerta medida favorece a dura��o e a perman�ncia.

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  es/geocrit/sn/sn119-95.htm

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